É verdade que nas periferias de Salvador, existem tipos de sons predominantes. O pagode e o arrocha, por exemplo, que estão sempre rolando nas ruas dos bairros populares,nos bares ou nos carros,podem ser considerados como som predominante. Mas será que por essas músicas tocarem sempre, que toda a população da periferia gosta e curti esse estilo de música?
Salvador, sendo um berço de diferentes culturas e etnias e praticamente impossível haver uma música adorada por toda sua população. Nas periferias então, não poderia ser diferente. Um Dos principais motivos para a predominância de certos sons são as origens de suas respectivas bandas. Sem generalizar, mas as maiorias dos grupos de pagode não surgem nos bairros populares? Para uma banda ter o sucesso ao seu alcance, tem de haver o gosto da população. E as primeiras pessoas que ouvem as músicas desses grupos são exatamente as que vivem na periferia, onde pode se dizer que ocorre o acesso facilitado. Mas como eu disse antes, não existe musica adorada por toda a população. No carnaval de Salvador podemos observar isso claramente. Nos trios elétricos há diferentes estilos de bandas e músicas, desde o axé de Ivete Sangalo ao pagode do Psirico, passando pelos Filhos de Gandhi e os DJ's Internacionais. Então, o foco da população é diferenciado, não sendo exatamente centrado em um único estilo musical. Nas periferias, vemos as pessoas nos bares, ouvindo certos estilos de música. Mas todos do bairro estão presentes ali? Será que podemos dizer que o som de lá e único, sem diversidade? Não, não podemos dizer isso. Pois o gosto das pessoas são elas que decidem não o bairro onde elas moram.
Esse é o tipo de roupa que algumas garotas da favela usam, é um estilo diferente com peças curtas e apertadas normalmente muito caras. A marca Cyclone foi consagrada pelas meninas da favelas como seu estilo "quem usa essa roupa é do gueto!".
Mostra a imagem de uma das favelas de salvador, cuja as pessoas correm perigo de vida, pois muitos traficantes moram lá e a construção de algumas casas são inadequadas.
Nas regiões mais carentes e principalmente nas grandes periferias não existem postos de saúde, escolas, farmácias, transporte e saneamento básico. Devido a estas falhas, as pessoas que vivem nestas regiões são prejudicadas e ainda sofrem com a violência. Nos noticiários diários não faltam matérias sobre o tráfico de drogas e a violência que é constante, tanto por parte de pessoas comuns como por parte dos policiais. Esta falta de infra-estrutura nas periferias brasileiras impede o crescimento pessoal, e milhares oportunidades a estas pessoas. Cerca de 57% dos moradores desta região não chegam a ganhar um salário mínimo e meio por mês. É comum na periferia ver crianças entre 9 e 14 anos já envolvidas no tráfico de drogas. Devido à falta de recursos da favela, e ao baixo salário das famílias, as crianças começam a servirem de “aviões” para ajudar nas despesas da casa. Em um documentário no fantástico: meninos do tráfico é um relato claro que existem muitas crianças envolvidas com o tráfico, e que inclusive são “funcionários” de policiais. Parte do lucro destas crianças que traficam, são dividas com policiais corruptos. As pessoas envolvidas neste tipo de ação são atraídas porque o que ganham, é muitas vezes superior ao valor total de renda da família. O livro do jornalista Caco Barcelos “Abusado”, conta sobre o rato do tráfico, as dificuldades e cotidiano dos traficantes. A miséria, o descaso das autoridades e falta de oportunidade são os fatores principais que incentiva e mantém o pratico de traficar drogas.
Acelino Freitas nasceu em 21 de Setembro de 1975, numa família pobre. Foi criado em uma periferia da capital baiana, a Cidade Nova. O apelido “popó” foi dado por sua mãe, por ter mamado até uma idade avançada. Seu pai era também pugilista, assim como três dos seus irmãos, dos quais, Luís Cláudio foi quem mais o incentivou a também ingressar na profissão, o que fez já aos catorze anos de idade. Até o primeiro título mundial, morava com os pais e irmãos naquele casebre, de 6,75m2, que tinha panos como divisórias. Com dois casamentos, e filhos com três mulheres diferentes, o baiano enfrentou no segundo (com Eliana Guimarães) uma fase bastante difícil, que refletiu negativamente nos seus resultados sobre os ringues (causando sua única derrota na carreira) - a reconciliação veio habilitá-lo a novamente disputar um título, e vencer. É pai de Rafael (1993), Igor (1996), Iago (1997), Gustavo (1998), Ruan (1998) e Acelino Popó (2006).Seus treinamentos básicos são feitos na cidade natal, onde construiu um ginásio, voltado para a preparação de novos talentos. Mas, antes de cada luta, vai para os Estados Unidos onde as instalações e materiais são muito mais apropriados. Popó tem uma carreira vitoriosa, iniciada profissionalmente em 1995, onde já conquistou quatrocinturões de campeão, dos quais os principais foram: Super-Penas (1999, pela WB0); Unificado Super-Pena (2002, pela WBA) e dos Leves (2004, pela WB0), agora reconquistado. Foram 38 vitórias (32 por nocaute) e uma derrota (ocorrida quando de sua separação de Eliana, contra o norte-americano Diego Corrales, em 2004). Acelino cresceu basicamente na vida por ser batalhador e nunca desistir dos seus objetivos e sonhos temidos. Força, coragem e perseverança não lhe faltaram em nenhum momento.
As músicas da favela têm um olhar descritivo sobre a sua região, as pessoas que nela habitam, o tráfico, roubos, jovens e crianças. Muitos dos autores moram ou já moraram em uma favela ou “comunidade”, o rap ou o reggae, que são tocados com esses tipos de letra falam da realidade que muitas pessoas não conhecem. Grande maioria das favelas não tem saneamento básico, maior parte das casas não são pintadas e estão situadas em morros. É na música que eles expressam o que vivem a cada dia.
Estudantes, professores e funcionários da Fundação Bahiana de Engenharia (FBE), engajados em um audacioso projeto de voluntariado, sob a coordenação do prof. Ronald Carvalho, apresentam o projeto “Construindo Sonhos”. A relevância deste projeto de voluntariado estudantil é, em linhas gerais, enfatizar a importância do exercício cotidiano da cidadania como forma eficiente de intervenção na sociedade.
Enquanto primeira etapa da “construção dos sonhos”, estamos construindo, numa parceria entre escola e a sociedade, a primeira biblioteca da comunidade carente conhecida como “Cidade de Plástico”, em Paripe, periferia de Salvador.
Este projeto objetiva proporcionar uma maior integração entre os estudantes da FBE e a comunidade externa, através de estratégias de intervenção prática que permitam maior exercício da cidadania por parte dos envolvidos. Da mesma forma, busca identificar os principais problemas enfrentados por grupos e/ou comunidades, relativos à supressão ou violação de direitos fundamentais, bem como verificar o grau de compreensão, de comprometimento e capacidade de enfrentamento das dificuldades vivenciadas, com intuito de contribuir para a sua superação.
O conteúdo deste blog, de iniciativa dos estudantes da FBE, visa chamar a atenção para aqueles que por vezes parecem invisíveis ao restante da sociedade. Neste espaço estaremos apresentando, (re)pensando e discutindo o olhar da juventude sobre a periferia!
Seja bem vindo(a) e sinta-se a vontade para dar a sua contribuição com esta iniciativa!